Historicamente, os dados não foram muito considerados pelas equipes de A&R, muitas das quais dependeram do instinto, experiência e, bem, do gosto. A diferença hoje está na quantidade impressionante de artistas e músicas instantaneamente disponíveis em todo o mundo por meio dos DSPs (Provedores de Serviços Digitais ou Plataformas de Streaming Digital, dependendo de quem você pergunta). E embora depender apenas de métodos antigos em um mundo novo possa funcionar, acreditamos que combiná-los seja a melhor maneira de avançar.

A&R, ou Artistas e Repertório, realmente se destacou com o desenvolvimento da indústria fonográfica. À medida que a comercialização do fonógrafo aumentava durante meados do século 20, a indústria da música se dividia em três setores: publicação, performance e agora, gravação.

A perturbação tecnológica da música gravada em grande escala expandiu o grupo de artistas, pois abriu um mundo totalmente novo de interpretação de músicas e, consequentemente, de consumo. O artista gravado nasceu, e os A&Rs estavam posicionados para ajudá-los a ter sucesso.

Originalmente, o papel do A&R era combinar artistas com a música ou compositor certos. Afinal, antes dos Beatles, artistas comercialmente viáveis ​​que escreviam seu próprio material eram praticamente desconhecidos.

Conforme o formato de álbum atingia a maturidade completa com o Rock dos anos 60/70, os A&Rs estavam cada vez mais envolvidos, em graus variados, em todos os aspectos do desenvolvimento de um artista, desde a descoberta até a produção, direção criativa até a trajetória de carreira.

Os A&Rs não eram apenas selecionadores de músicas ou caçadores de talentos: eram anjos orientados para os negócios nos ombros dos artistas, a ponte entre os impulsos criativos mais selvagens do artista e as preocupações orçamentárias mais rigorosas da gravadora.

Mas a revolução digital começou a mudar o cenário do A&R de duas maneiras principais:

A descoberta não estava necessariamente acontecendo por acaso em um clube underground ou por meio de alguma demo aleatória enviada pelo correio. A descoberta estava acontecendo cada vez mais na internet, por meio de um aumento de apoio de comunidades conectadas.

O desenvolvimento não estava vindo apenas de cima para baixo, da gravadora para o artista. O desenvolvimento podia acontecer de baixo para cima, com artistas tendo mais oportunidades de determinar as trajetórias de sua própria produção criativa, marca e carreira.

Mas à medida que os dados se tornam cada vez mais importantes como um complemento para o instinto, algumas coisas sempre permaneceram consistentes no A&R:

Prever o que irá ressoar com o público.

Chegar lá primeiro.